Nascida e criada em Portugal. Já morei na Polónia, no Brasil, na República Checa e agora é a Suécia que me acolhe.
O meu blogue, tal como o meu cérebro, é uma mistura de línguas. Bem vindos!

Born and raised Portuguese. I have lived in Poland, Brazil, Czech Republic and now I'm in the beautiful Sweden.
My blog, just like my brain, is a blend of languages. Welcome!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Saramago

Porquê: Li o ensaio sobre a cegueira há anos atrás. Queria reler e decidi comprar o livro.
Onde: numa FNAC perto de si.

Versão original (em português): €17 (e picos).
Versão em inglês: 7€ (sem picos).

Trouxe em inglês...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Consulado do Brasil

Na sexta feira passei um dia interessante no consulado do Brasil em Lisboa. Cheguei cedinho e a fila já dava a volta à rua. A minha senha era a 80. Olhei para o painel electrónico e ia no 10. Fui dar uma volta pelo Chiado. Voltei 1h depois... ia no 16!

Comecei a imaginar o meu dia... mas depois descobri um outro balcão onde se tratavam de documentos. Aí não havia painel electrónico, o senhor chamava os números. Às 11h ia no 39. Ah bom, deve ser este o meu. Eu até queria mesmo um documento. Esperei... esperei... o balcão fechou ao número 75. Fui lá reclamar atenção. Ah e tal não, a sua senha é mesmo a do painel electrónico... Eram 13.30 e ia no... 39. Irónico, não?

Fui dar uma volta outra vez. Voltei. O consulado fechava e tinha que esperar lá dentro. Li quase um livro inteiro. E 7h depois fui atendida... finalmente. Demorou 5 minutos a fazer o que precisava. A senhora muito simpática disse:
- Para fazer este documento não se paga, mas paga-se X para autenticar este papel.
- Ok, digo eu, mas preciso de um recibo.
- Ah... recibos não damos.
- ????
- Posso copiar o documento autenticado, mas recibos não damos...

E é para esse país que eu vou viver...

Viagem tranquila e sem problemas (ou então não...)

De cada vez que partimos em viagem planeamos as coisas e esperamos chegar ao destino, de preferência sem muitos atrasos. Mas nem sempre é assim...

Capítulo 1 - Mais perto da Índia

Uma senhora nos seus 50 anos e uma criança, ambas de raízes indianas mas a falar português sentam-se ao meu lado. A senhora faz um esforço descomunal para ver o painel das partidas e diz à criança:
- Vê lá tu ali onde diz Lisboa que eu vejo mal.
- Mas ó avó, eu não sei ler!

Acabei por meter conversa e ajudar a senhora, uma vez que íamos no mesmo voo. A senhora acabou por me contar a vida toda, o que não me incomodou muito pois também não tinha muito mais para fazer. A certa altura a história foi parar ao irmão que tinha morrido a semana passada.

- A policia ainda não libertou o corpo porque encontraram veneno no estômago dele. Eu sei quem foi, foi a minha cunhada que o matou. Ela já tinha tentado uma vez, mas o meu filho deu conta. Pôs-lhe veneno na coca-cola!

Não sabia bem o que dizer e tive que conter o riso, apesar de ser uma história triste. Acabei por ajudar a senhora nos próximos capitulos desta aventura... e não foram poucos.

Capitulo 2 - Pequeno acidente
Estávamos na fila para embarcar no avião quando ouvimos que havia problemas técnicos. Na verdade um motorista da manutenção enganou-se a meter a mudança e foi contra o avião. Na minha maior inocencia achava que os aviões eram coisas grandes e resistentes e que não era qualquer pancada que fazia ali mossa. Pois... a ilusão desfez-se quando fui à janela e vi o avião todo empanado com uns quantos carros de bombeiros à volta...

Capitulo 3 - A voz misteriosa

Mal soubemos da pancada no avião, mas antes de vermos os bombeiros lá fora, o alarme de incêndios começa a tocar, juntamente com uma voz grave que dizia para se evacuar o edifício. Aqui o pessoal dividiu-se... os britânicos esperaram ordem do funcionário que lá estava, enquanto os portugueses desataram a berrar pois ela não os deixou partir o vidro da saída de emergência. Eu fiquei-me com os britânicos... aquilo nem a esturro cheirava e a nossa era a primeira porta pelo que bastou voltarmos para trás. Afinal foram os bombeiros lá fora que puxaram uma das mangueiras para perto do avião amachucado (just in case) e isso activou os alarmes.

Capitulo 4 - A espera

Esperar é chato, mas confesso que a ouvir pessoas a reclamar e cheias de medo o tempo passou mais depressa. As frases mais ouvidas eram: eu naquele avião não vou, eu já não quero ir hoje e nunca mais ando de avião. Eu tentei explicar que o avião naquele estado já só de reboque é que saía dali, quanto mais voar, mas ninguém me ouviu. Ou talvez também fosse a maneira de eles passarem o tempo...

Capitulo 5 - Finalmente... a caminho

3h de atraso e temos finalmente um novo avião numa outra porta de embarque. Forma-se a fila do costume da qual eu sou das últimas. De repente num segundo desata tudo a correr e desaparecem da minha frente. Eu e mais uns quantos (não quero ser mazinha mas) britânicos (outra vez) ficamos de boca aberta sem saber o que se passava. Tinham aberto 3 portas de embarque para ser mais rápido... havia lugares para todos, correr para quê?

Capitulo 6 - O final feliz

Finalmente aterramos em Lisboa sem mais problemas pelo meio. As malas aparecem todas. Nestas andanças todas descobri que a senhora indiana tinha dificuldades em andar principalmente tendo 2 malas, uma criança pela mão e uma perna coxa. Além disso tinha ainda 2 malas gigantes que vieram no tapete. A senhora ficou tão feliz por ter tido ajuda que prometeu rezar muito por mim nas suas orações. Não sei se ajuda, mas mal não faz, e fico grata e feliz por ter ajudado alguém. 

Acabou por ser um dia estafante mas engraçado...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

This one is for you*

It's so hard to be in my favourite place in the world not knowing when it will be the next time I will be there again...


*and today you don't have to use google translate

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Danny Silva

 

Temporariamente a viver com um nórdico não tenho perdido nada dos jogos olimpicos de Inverno. Nunca ligava muito, mas com alguém que sabe o nome dos atletas todos e cujo país já ganhou duas medalhas de ouro o meu entusiasmo aumentou, dou por mim a discutir modalidades como curling, cross country (parece que em português se diz esqui de fundo), e afins e até partilho o entusiasmo das medalhas.

Portugal está representado com o atleta Danny Silva, na modalidade de cross country. Ele é na verdade  professor niversitário, e o único atleta não profissional entre os participantes. Estou muito orgulhosa dele (não, não o conheço de lado nenhum, e tenho mais orgulho nele que no CR), pois teve mais tempo de antena que muitos atletas famosos. Ele cruzou a meta em 95º, mas por ser o último as camaras seguiram-no grande parte do trajecto e os comentadores fizeram comentários elogiosos e engraçados sobre ele. Para mim é isso mesmo o espirito olimpico. Obviamente que sabe bem vencer e ganhar medalhas, mas no fundo participar já é uma festa e o Danny é com certeza um exemplo disso.

E faço minhas as palavras dos comentadores da BBC: Let's not call him last, he's an Olympian!


Passagem por Londres

Prestes a voar até ao outro lado do mundo decidi matar saudades de uma das minhas cidades favoritas. Londres é uma cidade tão grande e diversa que apesar de já la ter ido várias vezes continua a supreender-me.

Desta vez fui à Sloane square, que não conhecia e é uma zona diferente de tudo o resto. Fui à galeria de arte moderna "Saatchi Gallery" e vi um pequeno mercado com comidas típicas de todo o mundo. Encontrei rissóis, pasteis de bacalhau, azeite, vinho e mel português. Nem mesmo a calhar. Mas como ia de Portugal acabei por matar saudades dos pasteis de palmito e do doce de maracujá do Brasil.  Desta vez fui convencida a mudar de musical e vi o Chicago. Tal e qual o filme, mas com actores menos conhecidos. Foi giro mas não foi a loucura. Como sempre acabei por terminar a estadia com um passeio à beira rio, com as típicas animações de rua e a mistura de raças tão habitual por ali.

Ficam algumas fotos.

 
Reagent's Park

 
Chicago, o musical

 
O Hilton estava com preços fantásticos e a cama era enooooorrrme!


Museu de História Natural

Saatchi Gallery

 
(Novo) Believe it or not Museum - O melhor labirinto de espelhos que já vi. Levamos uns bons 30 minutos a sair de lá. Demos 2 vezes com a porta de entrada, e 1 com uma porta falsa. Brilhante!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010