Nascida e criada em Portugal. Já morei na Polónia, no Brasil, na República Checa e agora é a Suécia que me acolhe.
O meu blogue, tal como o meu cérebro, é uma mistura de línguas. Bem vindos!

Born and raised Portuguese. I have lived in Poland, Brazil, Czech Republic and now I'm in the beautiful Sweden.
My blog, just like my brain, is a blend of languages. Welcome!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sara Jump - Atenas


Mykonos - Grécia


O que dizer de Mykonos? Aaahhhhhhhhhh... 

Mykonos é um paraíso. Setembro já é fora da época alta, longe das noites de festa sem fim pelas quais a ilha é famosa. Assim, com menos gente, as ruazinhas estreitas ficam mais transitáveis e agradáveis. Uma das minhas actividades favoritas era perder-me nas ruelas brancas e azuis, tirar fotos, acariciar os gatos e desviar-me das inúmeras scooters. 


 Restaurantes típicos, quase enfiados na praia

 Pelicano a descansar na fonte, com a água fresquinha a cair-lhe em cima do bico.



Praia perto do Porto Velho (tentei recorrer ao google maps para ver o nome mas está tudo em grego...).




Perdida pelas ruas e ruelas da cidade (?) de Mykonos, a minha parte preferida

 Restaurante de massa. Para chamar a clientela puseram na rua uma mesa com vários tipos de massas.

 O moinho de vento

 Cidade de Mykonos

Manoula's Beach Resort, praia de Agios Ioannis

Num dos intervalos da tarde, calcei os ténis, pus a maquina fotográfica no bolso dos calções e saí para correr pela ilha. Foi uma óptima ideia e fartei-me de tirar fotos. Em vez de voltar para o hotel pela estrada, segui o conselho de um nativo e decidi subir ao monte para ver a vista lá de cima, e depois descer pelo meio do mato. O que ele não me disse é que o mato estava seco e que eu ia arranhar as pernas todas porque estava de calções. Valeu a pena cada arranhão...

 Praia de Ornos


 O burrito sozinho e muito triste...

 Ornos, a praia do Kitesurf


 Vista sobre Agios Ioannis

 Um burrito mais feliz, porque estava com outros burritos. Em conversa com um nativo descobri que os burros choram quando estão sozinhos e são animais que precisam de estar com outros burros. Foi por isso que o outro burro que encontrei estava a zurrar quase como um choro... para que eu ficasse ao pé dele.



Visitei Mykonos em trabalho, e em termos sociais, foi uma das melhores conferências em que já participei. A conferencia teve lugar num resort à beira mar. Qual é a melhor maneira de fazer com que as pessoas estejam na conferencia e não na praia? Dar-lhes tempo livre para poderem ir à praia. Assim, depois de almoço as palestras só começavam às 5h da tarde, e tínhamos 4h livres para aproveitarmos a ilha. Alem disso, o intervalo da tarde, que era numa varanda virada para o mar, tinha o timing perfeito e era sempre ao pôr do sol. E quem não fica entusiasmado ao falar de trabalho num ambiente assim? Foi realmente muito inspirador e uma das conferências mais produtivas que já fui.

 Moussaka, queijo feta, tzatziki e outra Salada Dakos

No último dia houve jantar e toda a gente dançou. Sendo considerada uma pessoa derivada do Brasil fui obrigada a danças samba (foi muito difícil convencer-me...) e toda a gente se divertiu muito. Como estes jantares sempre acabam cedo a seguir fomos para um bar gay qualquer à beira mar onde a musica estava o máximo. Dancei até de manhã, sem parar e adorei!

Nesta altura a minha irmã já tinha regressado e eu estava sozinha. Já não me lembrava como era bom viajar sozinha. Conheci muitas pessoas, adicionei amigos de novos países à minha lista (até parece que sou algum bar vip) e diverti-me muito. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Rafina - Grécia

Rafina ao nascer do sol 

Rafina é um dos portos principais, perto de Atenas, de onde partem ferries para várias ilhas gregas. Já que o propósito da minha viagem me levava a Mykonos, uma das ilhas, e a minha irmã estava comigo, decidimos ir no dia antes à tarde para o porto e aproveitar para conhecer a cidade de Rafina. A cidade em si é muito pequena e é construida em torno do porto. Não havia muito para ver, mas foi um fim de dia agradável.

 Praça principal

 Igreja de Agios Nikolas, de frente para o mar






A igreja era muito charmosa e ficamos por lá a ver o sol.

Sister a apreciar a vista...

Quando já estava quase escuro escolhemos um restaurante do porto e recarregamos energias numa deliciosa refeição grega.

À esquerda, salada de Dakos, definitivamente a minha preferida, com pedaços de pão crocante, que vai ficando molhado, no meio. À direita, salada grega com queijo feta.

 Souvlaki, ou espetadas gregas.

Peixe grelhado (um mês depois já não me lembro que peixe era...) e queijo Kefalograviera (o nome do peixe nada mas o deste queijo nunca o vou esquecer porque era de comer e chorar por mais!!).

Assim terminou mais um dia na Grécia... e Mykonos já estava à nossa espera.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Manifestação em Atenas

Antes de voar para Atenas muitas pessoas brincaram comigo a dizer que eu não podia sair de lá sem ver a mais recente atracção da Grécia: uma manifestação. O que eu não sabia nessa altura é que sem querer eu me ia ver no meio de uma, a tentar escapar e sair de Atenas. Não foi tão dramático quanto o que parece, mas também não foi engraçado (a minha irmã acha que sim, mas ela é louca!). 

Era o nosso último dia em Atenas. Decidimos ir até à Rua Ermou, a rua das lojas. No fim da manhã percebemos que o topo dessa rua, onde fica a praça principal, estava completamente cheio de gente, reunida numa grande manifestação. Havia muitos cartazes, muitos rostos pintados e muita, muita gente. Nesse dia tínhamos planeado ir de autocarro até Rafina, um dos portos com ferries para as ilhas gregas. Como a paragem do autocarro ficava no lado oposto da cidade não ficamos preocupadas. 

Depois do almoço passamos pelo hotel para ir buscar as malas e perguntamos se o metro estava a funcionar. A recepcionista respondeu “mas claro que não! Hoje é o dia da grande manifestação, não há nada aberto e nada funciona!”, tudo isto num tom de quem pensa que nós somos burras, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo que havia uma manifestação e que estava tudo parado. E seria obvio, se soubéssemos da grandeza da manifestação. Era o 4º dia na Grécia e nunca em nenhum dia anterior ouvimos falar da manifestação. Provavelmente houve muitas noticias na TV, mas que turistas vêm TV em grego? Havia cartazes nas ruas, mas quantos turistas conseguem ler grego? Nem no hotel fomos avisadas, apesar deles terem a informação que o nosso check-out era no grande dia... 

Nessa altura, estávamos a ter os primeiros contactos com a manifestação e não tínhamos mesmo qualquer noção de onde nos estávamos a meter. Como nos disseram que mais tarde os autocarros estariam a funcionar, decidimos pegar nas malas a caminhar até à paragem. Num dia normal demoraria 30 minutos, nesse dia levou-nos mais de uma hora... 

Ao sair do hotel com as malas reparei que várias pessoas olhavam para nós como se fossemos loucas. Ignorei, até porque nos estávamos a afastar da praça principal. O que nós não sabíamos, é que a manifestação tinha mais do que um foco e que nós estávamos a caminhar em direcção a um dos maiores centros... com malas... 

(uh, isto está a ficar mesmo trágico! Mais uma vez reforço, não foi assim tão mau...)

Quando começamos a ouvir gritos da multidão mais e mais alto, percebemos que seria melhor desviarmo-nos e alterar a nossa rota. Atalhamos por ruas laterais onde nos cruzamos com a polícia de choque. Se em algumas ruas eles só estavam lá à conversa, havia outras em que estavam a ser atacados. Numa delas, havia uma multidão de gente a gritar contra a barreira policial (e nós mesmo atrás). Recuamos, começamos a andar na direcção contrária ao nosso destino. Ao mesmo tempo, ouvimos 3 estoiros fortes vindos dessa direcção. Por momentos, pensei que estávamos presas nessa rua estreita, mas logo descobrimos que o barulho tinha sido um quarteirão mais abaixo. Continuamos a andar, aleatoriamente, entre mais ruas pequenas tentando fugir do barulho. As poucas pessoas que víamos tinham os rostos todos pintados ou sujos. Passámos por uma zona completamente vazia com contentores do lixo a arder, havia gás lacrimogéneo no ar que fazia doer os olhos e dificultava a respiração. Já não sabíamos bem em que direcção estávamos a andar e só queríamos sair dali. 

Uma eternidade depois retomamos o rumo certo e começamos a ver pessoas, carros e normalidade. Tínhamos atingido o limite do centro da cidade e parecia que nada tinha acontecido. Isso foi impressionante, porque com a mesma rapidez que nos vimos envolvidas no meio daquela confusão toda, também saímos dela e a normalidade voltou. Encontramos o autocarro e descobrimos que os horários estavam normais e o próximo saía daí a 10 minutos. Perfeito! Entramos no autocarro e quando partiu tivemos aquela sensação de uf... safei-me desta. 

Cruzeiro às Ilhas Gregas

No terceiro dia decidimos deixar Atenas e embarcar num cruzeiro de um dia e visitar três ilhas  gregas: Hydra, Poros e Aegina. O tempo passado no barco foi bastante maior que o tempo passado nas ilhas, o que foi uma pena. Ainda assim valeu bastante a pena pela beleza natural das ilhas, com os povoados pequenos e típicos de quem mora perto da praia, das próprias praias e do fantástico mar azul. Ah, e pelos gatos, claro! Há gatos por tudo o quanto é sítio e são geralmente mansos e dados aos visitantes da ilha.

Hydra



Foi a ilha que mais gostei. Talvez por ser a primeira ou talvez porque é mesmo a mais bonita. O porto está rodeado por uma vilazinha muito simpática. Há muitos restaurantes e lojinhas para turistas, mas assim que saímos da parte central a beleza da ilha sobresai... Como não há descrição possivel, deixo as fotos.



As fotos não foram modificadas... a água é MESMO desta cor!



 Há sempre um moinho de vento


 Não dá mesmo vontade de nos sentarmos ali a petiscar durante horas?

 No centro da vila

 Pelas ruas...

O porto principal visto do barco

Poros

Poros ainda é mais pequeno (ou pelo menos parece) do que Hydra, mas é igualmente engraçado. Ruas estreitas, uma igreja no topo do monte que olha sobre o mar e muitas scooters...


             Vista do topo do monte e a igreja que lá existe.
O porto

A esplanada mais estreita que já vi...

Pracinha

Scooter, o meio de transporte mais utilizado

No porto



Aegina

Foi a última ilha que visitamos e foi onde tivemos mais tempo. Apanhando um autocarro há várias coisas para ver (ruinas, mosteiro, etc.), mas infelizmente não tivemos hipótese. Assim, passeámos em volta do porto e relaxamos numa esplanada porque o calor apertava.




A praia rochosa e os ferries ao fundo

Igreja do porto



À esquerda o museu, que estava fechado (e abandonado?) e à direita a igreja principal.


Ao pôr do sol já estávamos na viagem de regresso e a vista era espectacular! O final perfeito de um dia tão cheio e tão relaxado ao mesmo tempo.