Nascida e criada em Portugal. Já morei na Polónia, no Brasil, na República Checa e agora é a Suécia que me acolhe.
O meu blogue, tal como o meu cérebro, é uma mistura de línguas. Bem vindos!

Born and raised Portuguese. I have lived in Poland, Brazil, Czech Republic and now I'm in the beautiful Sweden.
My blog, just like my brain, is a blend of languages. Welcome!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Haka

Aqui fica um video que fiz do Haka mostrado pelos Maori.

Uma noite com os Maori

Os Maori são o povo de indígenas da Nova Zelândia e foram um dos últimos povos do mundo a receberem a influência europeia. Viveram durante séculos isolados do mundo e desenvolveram uma cultura muito própria. Adoram tatuagens, e fazem-nas no rosto como sinal de nobreza, cozinham em buracos na terra, que por causa da actividade geotérmica da região está quente o suficiente, fazem arte com madeira e são óptimos guerreiros. Foi precisamente destes nativos que surgiu o Haka, uma especie de dança guerreira feita para amedrontar os inimigos, que ficou conhecida no mundo inteiro por ser feita pela selecção nacional de Rugby da Nova Zelândia.

Hoje em dia ainda existem descendentes Maori e apesar de já não viverem em tendas, em Rotorua existe uma montagem de uma aldeia nativa para que os turistas possam passar pela experiência de viver ao estilo Maori por um serão.

 Detalhe artesanal de uma casa Maori

 Uma lição de Haka. As caretas com a lingua de fora são uma constante e diz-se que quanto mais comprida for a lingua do guerreiro, mais medo mete ao inimigo.

 Casal Maori. Estavam 10º C na rua e eles assim, descalços e cobertos por peles, e sem frio nenhum...


 O buraco no chão que serve de forno

 O jantar: frango e batatas assados pelo calor da terra

Acompanhado de alguns vegetais, saladas e um pão fresco caseiro que era de chorar por mais.


A experiência foi terminada com uma demonstração de vários cantos e danças Maori. Mesmo no final fizeram o Haka. Foi tão contagiante que passei o resto da noite aos hurros! 
Apesar de ser um serão planeado e feito para turistas, está muito bem feito. Não é só uma forma de ganhar dinheiro, mas principalmente é uma forma de transmitirem a sua cultura e de não a deixarem morrer. A vontade de ali estarem vê-se em cada um deles e por uma noite todos nós nos sentimos parte daquela tribo tão especial. 

A noite terminou em grande com o motorista do nosso autocarro, completamente doido com uma gargalhada que nos fazia rir mesmo que não houvesse piada, a cantar uma musica infantil e a dar 3 voltas a cada rotunda...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Paradise Valley Springs Wildlife Park

Na visita ao outro lado do mundo há que aproveitar a mais simples da visita, que por ser em tal lugar tão distante acaba por se tornar algo especial. Ou seja, se ir a um parque natural na Europa não nos traz nada de muito novo, fazer o mesmo na Nova Zelândia é algo muito mais excitante.









Passeio pela Floresta tropical em Paradise Valley Springs









Nos arredores de Rotorua há vários lugares para serem visitados, uns com animais selvagens, outros com vaquinhas e ovelhas à espera de serem ordenhadas, e outros ainda com grutas e pedras esculpidas pelo tempo. Se a escolha parecia difícil, porque só nos restava mais um dia, o panfleto sobre o Paradise Valley Springs tornou tudo mais fácil porque continha as palavras mágicas: venha fazer festinhas num leão bebé! E fomos!


Quando chegou a nossa vez de acariciar os pequenos leões eles já estavam cansados de tanta festa e começaram a ficar irrequietos com a rabugice (segundo a treinadora). Assim, tiveram que ser colocados na sua caixa onde rapidamente sossegaram e quase adormeceram. Não foi tão engraçado como fazer-lhe festas enquanto eles brincavam no chão, mas mesmo assim foi muito fofo.

Mãe pata com filhotes patinhos

Kiwi, o pássaro que é um dos símbolos da Nova Zelâdia

Não sei o nome deste, mas parou para pousar para a foto...

Além dos leões bebés o parque tem muitos outros animais. À entrada podia-se comprar um saquinho de ração e dar de comer na mão a quase todos eles. Essa interacção com os animais é fantástica e apesar da chuva lá fomos nós de cerca em cerca alimentar os bichos. 



A água era clara e limpa como há muito eu não via. Como presente foram-nos oferecidas 4 garrafas de água recolhida numa das nascentes do parque.

Os wallabies (cangurus mais pequenos)



São tão fofinhos...

Porcos, cavalos, patos e gansos, todos juntos e amigos. Devíamos aprender com eles...


Alpacas


Cabras


Lama

No final ainda houve tempo para vermos os leões adultos serem alimentados. Não temos muitas fotos deles a comer porque os bichos ficam com vergonha e viram as costas às pessoas para comerem os seus bifes. 



Nestes se calhar eu já não queria fazer festinhas...  

Sara Jump - Rotorua


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Rotorua - Nova Zelândia

Vista geral de Rotorua

Ditou a sorte que o nosso voo para a Austrália passasse por Auckland, a capital da Nova Zelândia. Assim, depois de visitar o país dos cangurus, passamos uma semana na terra dos kiwis (nome dado aos habitantes da NZ).

Começamos por Rotorua, a cidade fumegante. Rotorua é conhecida pela sua actividade geotérmica, com geysers, fumarolas e poços de lama borbulhante. A própria cidade foi construida em cima da Caldeira de Rotorua, pelo que cheira a enxofre (a.k.a. ovos podres), um pouco por toda a parte. 


 Na margem do lago de Rotorua



Seguimos um pequeno trilho que nos mostrou alguns dos sítios fumegantes da cidade. Não é permitido pisar fora do trilho porque corre-se o risco de ficar atolado em lama ardente! Além do cheiro e do fumo visivel, ouve-se constantemente um borbulhar debaixo da terra. Uma experiência para todos os sentidos!

 As pedras amareladas à beira do lago, cuja cor é proveniente dos compostos sulfúricos.

 O Museu de Arte e História de Rotorua, antiga casa de banhos termais.


 Poço de lama borbulhante

Para nós não era novidade que os habitantes da Nova Zelândia adoram natureza, e isso foi visível em todo o lado. Perto de Rotorua havia vários parques para serem visitados, uns com animais, outros ideais para caminhadas ou passeios de bicicleta e até BTT. O parque que visitamos tinha vários trilhos, todos muito bem sinalizados. Como tínhamos pouco tempo apenas fizemos um trilho de cerca de 2h e foi um passeio fantástico, pelo meio da floresta, com alguns pontos altos com vista para a cidade.



 Cidade vista do trilho

 Verde, muito verde e muitas árvores, como os parques deviam ser em todo o mundo...

 Parte do trilho


 Um campo de Rugby, provavelmente o desporto mais famoso da Nova Zelândia.

Para ter energia para tanta actividade ao ar livre começamos os nossos dias com um pequeno almoço super energético, denominado big kiwi no menu. E se a senhora do café no primeiro dia não acreditou que era para mim enquanto que as panquecas eram para o J. (ficam já a saber que de manhã eu como que nem um elefante)., no segundo dia riu-se quando o pedido foram 2 big kiwi. Era muito bom (a foto nunca vai transmitir o bom que era...).

Big kiwi

Uma outra grande atracção da cidade, aproveitando a sua grande actividade geotérmica, são os banhos termais. À beira do lago há um spa, com vários tipos de piscinas termais. Nós escolhemos as piscinas naturais ao ar livre. Assim, ao anoitecer, com 10º C na rua, estavamos nós em fato de banho, enfiados dentro de piscinas de água quentinha. Havia 4 piscinas com diferentes temperaturas (36, 38, 40 e 42º C). Começamos na mais fria e fomos mudando até à mais quente. Eu não aguentei estar mais de 1 minuto na mais quente, e só mergulhei até à cintura, mas alternar entre as intermédias sabia muito bem.

Uma das piscinas, mesmo à beira do lago, que não se vê porque era de noite.

J. a aproveitar a água quentinha, enquanto eu me gelava até aos ossos a tirar fotos.

Além disso, e como ir ao spa custa dinheiro, cada hotel/motel tem um ou mais jacuzzis. Nós ficamos num quarto com jacuzzi privado e pudemos aproveitar o nosso próprio banho termal (mas desta vez sem enxofre), acompanhado por uma taça de vinho. Um óptimo fim de dia!



Amanhã conto mais histórias e mostro fotos de todos os animais que vi e que comeram na minha mão...

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Gold Coast, Queesnland, Australia

Gold Coast à noite

Já lá vão uns meses agora, mas a verdade é que ainda não postei tudo sobre a minha viagem a down under. Depois da conferência passámos uns dias na Gold Coast, que é uma região a sul de Brisbane, cheia de praias e bastante famosa na Australia.

Além disso, havia uma corrida por lá nesse fim de semana. A corrida era uma das mais famosas maratonas da Australia, que também tinha distâncias mais curtas como meia maratona, 10km e um "desafio saudável" de 5.7 km. Tendo em conta que a corrida de 10km começava às 6h da manhã e que uma semana passada sentada a ouvir palestras depois de comer coffee breaks uns atrás dos outros resulta nuns quilos a mais, decidimos correr só os 5.7 km. Foi a melhor decisão de sempre! A corrida foi o máximo e a chegada das mais emocionantes que já vivi. Os últimos 200m do percurso são feitos de modo a que haja publico dos dois lados e se havia gente ali... gritavam, puxavam por nós e foi o máximo. Para culminar toda a minha excitação, mesmo antes da meta havia um detector de chips e um rapaz ao microfone que ia lendo os nomes de quem passava. Quando chegou a minha altura o rapaz entusiasmou-se de ver alguém de tão longe e gritou bem alto "Agora temos a Sara, do Brassssiiiiiiiiillllllllllllll! Queremos ver-te a cruzar a meta também nos jogos olímpicos do Rio daqui a 4 anos!". 

Gold Coast, Healthy Challenge 5.7 km, 27:23
(foto retirada do site da corrida)

Depois da corrida passeamos por ali, em lugares chamados Surfers Paradise e Machintosh Island. Foi lindo!

 Gold Coast

Surfer's Paradise





 Pôr do sol

 Nascer do sol

 No dia seguinte a nossa corrida fomos ver a maratona. O cenário não podia ser mais bonito...



Trajes originais durante a maratona

 Cheerleader's

Atletas a chegar à meta

A organização da corrida era maravilhosa! Havia uma ponte para se passar de um lado para o outro, de onde se podiam ver os atletas quase a chegar à meta.









Pelos passeios dos parques havia mensagens de boa disposição para toda a gente. Os Australianos são realmente pessoas alegres e simpáticas, mas que ao mesmo tempo respeitam o espaço dos outros (aos contrário de outros países onde alegria é gritar, passear com musica nas alturas às tantas da manhã e assim...).
Adorei a Austrália, os australiano e voltei com muita vontade de lá morar. Se no meu regresso trazia a cabeça cheia de sonhos, agora, uns meses mais tarde, já tenho os pés assentes na terra. É que já me fartei de procurar trabalho (na minha área claro) na Austrália e nada. Vou continuar a tentar  e veremos o que acontece...

Depois da Gold Coast ainda nos esperavam um belos dias, cheios de experiências novas... na Nova Zelândia!