Nascida e criada em Portugal. Já morei na Polónia, no Brasil, na República Checa e agora é a Suécia que me acolhe.
O meu blogue, tal como o meu cérebro, é uma mistura de línguas. Bem vindos!

Born and raised Portuguese. I have lived in Poland, Brazil, Czech Republic and now I'm in the beautiful Sweden.
My blog, just like my brain, is a blend of languages. Welcome!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Pérolas à Brás(iu) #8 - Olha a batata!

Ao ler umas dicas online, numa revista de corrida brasileira, que se diz conceituada (é pelo menos bastante popular), deparei-me com esta bela pérola. O texto era sobre maratonas e dava algumas dicas para os que querem começar a correr esta distância.

"Se for possível, o corredor pode ingerir uma batata cozida com bastante sal por volta do 30 km"

Oi? É para comer uma batata cozida no meio da corrida? Quando correr uma maratona vou levar a minha batatinha no bolsito dos calções, sacar dela ao quilómetro 30 e nunca mais ninguém me vê, só paro na meta!!

Imagem daqui

quarta-feira, 13 de março de 2013

No meio do nada

A seguir ao encontro em Goiânia havia feriado e aproveitamos para fazer alguma coisa ali perto. As escolhas não eram muitas e decidimos ir para um hotel-fazenda. Um hotel-fazenda é basicamente uma quinta no meio do nada, transformado em hotel, onde se podem fazer actividades mais rústicas como ordenhar vacas, andar a cavalo, alimentar as galinhas, etc. Já tinha ouvido falar em sitios assim, mas nunca tinha experimentado e decidimos experimentar. Além disso, já me imaginava longe das cidades de pedra, a correr pelos pastos verdes, a fazer festinhas às ovelhas e a curtir a natureza em paz.

A piscina que estava sempre vazia, porque era longe do restaurante (50m!)

Enganei-me redondamente. Um lugar que tinha tudo para ser perfeito, foi estragado pelas pessoas. O pacote ficou barato apesar de incluir todas as refeições e ainda bebidas alcoólicas à descrição. Assim, o sítio tranquilo estava completamente a abarrotar de gente! Familias e familias inteiras, incluindo a avó, o tio-avô, a prima afastada e o periquito. Era gente super ultra barulhenta e que não estava ali pela paz, mas sim para comer! Entre as refeições serviam-se petiscos como salsicha assada, batatas fritas ou tostas mistas e era então verem-se mãos cheias de comida levadas à boca a uma velocidade estonteante. Eu nunca tinha visto tal coisa, só na TV e em programas sobre obesidade! Nós fomos escapando ao pior com uma estrategia bem simples. Havia várias piscinas e uma delas era mais longe do bar/restaurante e estava praticamente vazia. Acreditem ou não as pessoas não se sentavam em volta da piscina, mas estavam todas debaixo do tecto que abrigava o restaurante. Todas juntas, ao molho, de tal maneira que quando um de nós passava por lá ficava surdo...

Toda a gente se empilhava debaixo daquele telhado do canto. A foto foi tirada da piscina "de cima", a que ficava longe do bar.

Além disso a quinta não estava aberta a grandes passeios e não havia prados verdes. As vacas eram trazidas para a porta do recinto das piscinas para quem quisesse ordenhar, pois ai de mim se hei-de andar mais de 20m para ordenhar uma vaca. Era tudo muito forçado e só me senti em contacto com a mãe natureza à noite, quando tinha que espantar as osgas da parede do quarto (parede exterior!) ou matar 5339 mosquitos por noite.

Acho que apesar de tudo foi divertido. Foi como viver no meio da selva, mas em vez de animais ferozes havia pessoas vorazes, esfomeadas e engraçadas, principalmente ao fim do dia depois de beberam cerveja o dia todo.

As fotos claro que são maravilhosas! Nós somos bons fotógrafos e temos paciencia, ou pensam o quê?

Repetir? Não obrigada!


 Centopeia

Lagartixas a brincar à beira da piscina.

Jaca, o fruto gigante (pesam 2-3Kg). 

Piscina de água natural 

 Piscina de água quente, ligada a uma sauna.

Mangas, mangas e mais mangas

E por último o super ultra hiper mega fantástico kit e sobrevivência!

Uma vela usada, uma caixa de fósforos e repelente.

Goiânia


No final de Outubro de 2012 realizou-me mais um encontro científico, desta vez na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás. Estavam mais de 40 ºC e só se estava bem na piscina do hotel. Ainda assim, demos alguns passeios pelo centro e conhecemos um pouco da cidade.

Chegamos em plena tarde de Domingo e o centro estava deserto (estavam todos nas piscinas?). Visitamos o parque, o museu de arte, o jardim zoológico e pouco mais havia para ver. Achei a cidade meio triste e sem nada para fazer. 

Ficam as fotos.

 Parque Municipal







 Museu de Arte de Goiânia



 Jardim Zoológico

Infelizmente, a bateria da câmara acabou-se e a de reserva não estava connosco....

 Uma espécie de doninha

 Urubu-rei

Arte na rotunda, à noite

 Pela primeira vez vi uma caixa multibanco onde não é preciso sair do carro e achei uma óptima ideia!

Uma ideia menos feliz foi ver um sinal de "não fume" ao lado de um cinzeiro... muito encorajador!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Blumenau - Oktoberfest e festa Portuguesa

Numa das noites passadas em Balneário Camboriú fomos a uma festa portuguesa, que há todos os anos. Fui logo desde o início avisada e aconselhada a manter as minhas expectativas baixas porque não era assim tão portuguesa.

O que tinha então a festa de português? 









Matrafonas a dançar


 Sardinha assada, sem cabeça e servida com laranja

 Uma mulher brasileira que pensa que sabe falar sem sotaque brasileiro e que pensa que canta fado, mas que depois mistura tudo com samba (lembro-me também que algumas palavras nos fados que ela cantou estavam erradas e às vezes em vez das palavras fazia só os sons...)

Havia ainda pasteis de bacalhau com pimentos e azeitonas lá dentro. Não há fotos desses porque não quis provar...

A coisa mais portuguesa que encontrei foram os doces: pastéis de nata (não de Belém como eles lhe chamam) e travesseiros de Sintra.

Portuguesa ou não, a festa foi boa e não deixou de ser engraçado ver o que eles pensam de Portugal.


Na noite seguinte fomos até ao Oktoberfest, uma festa tipicamente alemã, numa cidade que eles pensam que é tipicamente alemã: Blumenau (post aqui). Depois de ultrapassar a fila de entrada interminável (2h!!!), entramos no recinto que tinha várias barraquinhas de comida, lojas de recordações da festa e 3 pavilhões grandes com diferentes bandas ao vivo. Um pouco por toda a parte havia as barracas de cerveja, com cervejas diferentes. 

Das cervejas que havia muito poucas eram originalmente alemãs e as que havia era super caras. As restantes eram brasileiras, cujas receitas pertencem a familias de imigrantes alemãos na região. Não sei se as receitas precisaram de ser adaptadas ao país ou se os ingredientes disponíveis são diferentes, mas a verdade é que de cerveja alemã não tinham nada. O sabor era fraco e nem a cerveja preta se safava... Além disso, uma das cervejas que tinha mais barraquinhas espalhadas era de uma marca que se pode encontrar no Brasil inteiro, sendo por isso nada de especial. 

O que eu achei mais engraçado foi que numa festa de cerveja alemã, a cerveja oficial era a Brahma... cerveja brasileira fraquinha e que tal como todas as outras só é boa se for mesmo bem fria.



Sim, eu adoro cerveja alemã e fiquei desiludida com o que encontrei no maior festival alemão no Brasil.
Mas não foi por isso que me diverti menos. Havia imensa gente vestida com trajes típicos alemães (ditam as regras que quem for trajado a rigor não paga entrada), as bandas ao vivo faziam bons covers de rock internacional e alemão, de vez em quando cantava-se uma canção alemã para se brindar e beber, e as salsichas eram boas! Valeu muito a pena pela experiência! 
No entanto, se eu pudesse ir outra vez ia num dia de semana, porque aos fins de semana não se cabe em lado nenhum, não há mesas disponíveis para se sentar e beber mais à vontade e há filas para tudo (imaginem a fila da casa de banho, com o pessoal todo a beber cerveja...).

 O J. que comprou um canecão para beber a sua cerveja!

Eu com um dos cachorros quentes de salsicha alemã que comi (sim provei vários com diferentes salsichas).

Qual a conclusão desta experiência? Vão e divirtam-se, mas se conhecem a Alemanha verdadeira, não levem grandes expectativas. O mais engraçado para mim é morar no Brasil há anos e encontrar uma festa com tanta tradição alemã, tão longe da Alemanha, depois de ter morado anos a poucos quilómetros deste país.

domingo, 10 de março de 2013

Balneário Camboriú


Balneário Camboriú é uma cidade à beira mar, no estado se Santa Catarina, mais ou menos a meio caminho entre Curitiba e Florianópolis. Com uma das minhas primas a morar lá, tivemos a oportunidade certa para visitar e conhecer esta cidade. 



 Praia Central

Onde se joga petanca à séria, com campeonatos todos os fins de semana

A Avenida Atlântica, que quase faz a divisão entre a cidade e a beira mar, tem mais de 4 km e permite boas caminhadas. No lado sul, vê-se a foz do rio e a respectiva Avenida Beira-Rio. Tem ainda um pontão que entra mar adentro e que nos permite ver a cidade de frente. É também neste lado que existe um teleférico duplo: a primeiro viagem liga-nos ao topo da montanha, que tem um parque com diversões, flores e animais à solta, e a segunda viagem que liga à praia das Laranjeiras.   

 Foz do rio, o pontão e parte da cidade


Curve-se à Natureza!


Borboletas coloridas

A grande novidade do parque é o slide que vai montanha a baixo. Os ocupantes de cada carrinho controlam a velocidade, e se quiserem podem atingir grandes velocidades. 

 Casa do Chocolate, também no parque.

 Chocolates de todas as formas e sabores, vários licores servidos em copo de chocolate, uma perdição...

 Praia das Laranjeiras, vista do topo da montanha

 Praia das Laranjeiras


No lado norte da Avenida Atlântica pode fazer-se uma caminhada também à beira mar, desta vez através de caminhos e pontes de madeira, que dão acesso a pequenas praias.


 Uma das praias cobertas de conchas 

No final do percurso está a praia dos Amores, que é maior e igualmente bonita. 

O resto dos dias foram passados em familia, a conhecer os hábitos de quem ali mora e a comer! Além disso, era época de festas noturnas populares e fomos a uma festa portuguesa e ao Oktoberfest, uma festa alemã muito popular no Brasil, por ser feita numa cidade com uma grande comunidade alemã. Depois conto!