E foi na viragem do ano que voltei à Suécia, desta vez a Gotemburgo, ou Göteborg em sueco.
Em pleno inverno a cidade estava gelada. Máximas de -7ºC e mínimas de -18ºC. No entanto, nunca lá tremi como em Portugal. As casas sempre quentinhas, onde se caminha sempre descalço e com poucas roupas. Antes de sair de casa, põe-se todos os agasalhos possíveis e deixa-se de fora o nariz e pouco mais. Ah, não esquecer as colans térmicas dentro das calças normais. Quando um dia apareci à mesa de mini-saia todos se riram e disseram "não vais sair assim à ruas, pois não?". Eu corada, respondo... "Claro que não, passou-me lá isso pela cabeça...".
Dei uns passeios pela cidade e gostei. Grande o suficiente mas não demasiado. Blocos de gelo flutuavam no rio. As luzes natalícias enfeitavam todas as ruas e janelas. As pessoas andavam na rua como se estivessem 20 graus. Gostei! Com os passeios gelados avisei logo que não iria acabar o dia sem me estatelar ao comprido. Ninguém acreditou e quando todos estavam de costas, ouviram um pequeno estrondo. Quando se voltaram lá estava eu, com o rabo no gelo, a rir-me às gargalhadas e a dizer "eu avisei...".