Hoje passei a tarde no Museu de História Natural de Belo Horizonte. O museu tem exposições de diferentes coisas, como minerais, fósseis, plantas e alguns animais. Talvez esteja demasiado mimada pelos museus europeus, mas achei este um bocadinho pobre. Um bocadinho é favor... É muito vazio, com poucas explicações e pouca interacção do público. Ainda assim, vale a pena pela natureza em redor. Tem um lago cheio de tartarugas, macaquinhos à solta a saltar de árvore em árvore, e muitas árvores enormes. Gostei ainda do esqueleto real de uma preguiça gigante, com cerca de 3m. Pode ter sido lenta como as preguiças são, mas devia meter cá um medo...
A preguiça gigante
Havia ainda um espaço para a ciência. A demonstração de química foi engreçada, principalmente para as crinças, mas a sala denomida "Física divertida", bem... tinha 2 espelhos, um de aumentar outro de diminuir, uma sistema para fazer bolas de sabão grandes e uma cadeira de pregos... muito divertido (ou será que estou mesmo mimada pelos museus de ciência que já visitei em várias cidades?).
Macaco-prego
Existe ainda o Presépio do Piripau, que é muito engraçado. Quando tinha 12 anos, em 1904 o senhor Raimundo comprou um menino Jesus para fazer um presépio. Mas o senhor Raimundo não tinha mais dinheiro e decidiu fazer mais figuras com os materiais que encontrava, nomeadamente com uma pasta de papel, água e cola. O presépio foi crescendo e tem hoje mais de 500 figuras, representando cerca de 17 cenas numa cidadezinha. O senhor morreu em 1988, e enquanto foi vivo era ele mesmo que apresentava o presépio ao público do museu (a casa do senhor ficou demasiado famosa e ele aceitou transferir o presépio para o museu). A melhor parte é que as figurinhas são animadas. Há barcos na água, homens a cortar árvores, pessoas a irem à missa, com os sinos da igreja a tocarem, crianças a andarem de baloiço, entre muitos outros. Achei o máximo! Como as figuras são frágeis, o presépio só é ligado aos fins de semana e duas vezes por dia durante 5 minutos. Fomos avisados que no final haveria trovoada e relâmpagos. A trovoada era um ruído estranho gravado e os relâmpagos uma lâmpada a acender e a apagar. Era tão simples que se tornou engraçado... mas se virmos bem, nos anos 80 a tecnologia não deveria dar para muito mais...
Ficou por ver a apresentação sobre morcegos, porque a minha companheira de visita tinha medo e a caminhada de 1h pela floresta porque chegámos demasiado tarde... fica para a próxima!
Assim, apesar de o museu não ser muito bom, vale definitivamente a pena visitar o espaço!
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