Vou passar à frente a estreia de Portugal no mundial porque não tenho muito a dizer. Pelo menos não mais do que já deve ter sido dito por aí. Vou portanto falar da estreia do Brasil.
No centro do departamento puseram-se bandeiras, um ecran gigante e sofás. Na sala do café havia canjica (um mistura doce de farinha de milho com amendoins) e quentão (tipo o vinho quente da Austria mas feito com cachaça). O pessoal juntou-se todo por ali e fizeram-se prognósticos. Quando eu respondi que apostava em 2-0 para o Brasil a resposta que ouvi foi "hiiii, ve-se logo que é portuguesa, pessimista e não está habituada a ganhar". Viu-se...
Canjica e quentão
Eles falavam em 4-0, 6-0, sempre com aquele optimismo tão brasileiro. A verdade é que 10 minutos depois do ínicio da partida os prognósticos deles já tinham mudado. No ínicio da segunda parte já viam a coisa mal parada. O que eu admiro mais neles é mesmo o facto de nunca, mas nunca, terem deixado de pensar que o Brasil não ia ganhar. Para eles sempre foi uma questão de tempo. 190 milhões a pensarem assim deve ajudar, não?
Gostei também do futebol deles, mais rápido, mais bonito, sem desistir daquela bola lá ao fundo, quase sem cartões e principalmente sem as quedas de 2 em 2 minutos.
Gostei da experiência e fico feliz por ainda haver muitos jogos pela frente (espero eu). O país parou completamente. Os bancos fecharam, as lojas fecharam e os autocarros passaram a circular menos. Apagaram até as luzes da universidade e mal encontrei o caminho no final (ninguém me manda não ter saído com os outros e ter ido ver das amostras).
Domingo há mais e parece que desta vez vai ter bacalhau... feito por mim claro!
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