Nascida e criada em Portugal. Já morei na Polónia, no Brasil, na República Checa e agora é a Suécia que me acolhe.
O meu blogue, tal como o meu cérebro, é uma mistura de línguas. Bem vindos!

Born and raised Portuguese. I have lived in Poland, Brazil, Czech Republic and now I'm in the beautiful Sweden.
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domingo, 19 de agosto de 2012

As piadas de Down Under

Waiheke Island, Nova Zelândia

A viagem adivinhava-se longa e as expectativas altas. O tempo passou mais rápido que o esperado. O sistema de entretenimento do avião era óptimo, e fartei-me de ver filmes, jogar quem quer ser milionario e afins. Hoje em dia todos os aviões que fazem viagens longas têm estes sistemas, mas nem sempre a escolha é tão grande e actual. Fiquei surpreendida!

Uma das coisas mais engraçadas de voar até ao outro lado do mundo é a diferença horária. No ar as horas deixam de ser importantes. Ninguém sabe que horas são. São x horas no Brasil, y no Chile e z na Australia, mas não estamos em nenhum deles, por isso não estamos em nenhum fuso horário e são horas nenhumas! Quando aterramos, uma das hospedeiras de bordo, disse ao microfone "são 6h da manhã, de sexta-feira, dia x de Junho". Com esta brincadeira de horários já era sexta-feira e ainda nem tinha sido quinta...

No regresso, partimos de Auckland, na Nova Zelândia, num voo até Santiago do Chile, onde tínhamos que apanhar outro voo para o Brasil. Saímos de Auckland às 4h da tarde e chegamos ao Chile às 11h da manhã, do mesmo dia... É uma sensação muito engraçada!
De manhã (na primeira manhã...), exactamente às 11h, estavamos a comer sentados numa das praças de Auckland e não deixamos de nos rir ao pensar que mais tarde nesse dia, mas exactamente à mesma hora estariamos no Chile... Foi definitivamente o dia mais longo da minha vida!

Outro factor que torna o lugar tão interessante é o facto de ser do outro lado do mundo, em baixo do mundo como eles gostam de lhe chamar (down under). Quando estavamos na Gold Coast, subimos ao telhado do hotel, onde a vista era fantástica com praias imensas de ondas enormes. Sem saber porquê e completamente perdida nas direcções pergunto: "Para que lado é Portugal? Para onde é que aponto se eu quiser apontar para Portugal?". O J. olhou para mim, riu-se e disse "acho que o mais correcto é apontar para aqui", e aponta para o chão... E ele estava certo... aquela era a direcção certa para apontar para casa...

É exactamente por este tipo de coisas que a Australia e a Nova Zelândia são especiais. Podia até serem países feios e chatos que sempre seriam especiais... De feio e chatos não têm nada, já de especiais têm tudo. E nem é só pelas gracinhas acima descritas...

Sydney, Australia

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